Desde a criação da Pesquisa Emprego Desemprego (PED), em dezembro de 1996, o nível de emprego em Salvador e Região Metropolitana nunca foi tão positivo. Conforme dados da sondagem de dezembro último e do acumulado do ano passado, o nível de desemprego em 2011 da RMS foi o menor da série histórica, tanto em termos percentuais (15,3% da População Economicamente Ativa) como no número de desocupados (286 mil).
De acordo com a supervisora da PED pelo Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese-BA), Ana Margaret Simões, o crescimento do nível de emprego em 2011 foi resultado da geração de 14 mil novos postos de trabalho somada à redução da força de trabalho (saída da PEA) de 12 mil trabalhadores”.
A diminuição da PEA, conforme ela, é uma tendência verificada desde o ano anterior, fruto principalmente do aumento do nível de renda, que garante mais recursos para determinados trabalhadores poderem se sustentar enquanto esperam melhor oportunidade. “Os jovens estão diminuindo a pressão sobre o mercado de trabalho”, exemplifica ela.
No Brasil, de acordo com o Dieese nacional e a Fundação Estadual de Análise de Dados (Seade), a taxa média de desocupação recuou de 11,9% para 10,65%, quando comparado os desempenhos de 2010 e 2011. Foram criadas 407 mil vagas, número suficiente para absorver as 105 mil pessoas que entraram para o mercado de trabalho e reduzir a quantidade de trabalhadores que já aguardavam uma ocupação. De 2010 para 2011 houve queda no número de desempregados estimados, que passou de 2,620 milhões para 2,318 milhões.
Na RMS, atestou a PED, o setor que puxou a criação de empregos foi a construção civil, com 19 mil vagas (alta de 16,7%). “É o maior crescimento registrado nesta área, que vem sistematicamente ampliando o número de empregos desde 2005”, lembra Ana Margaret. Já o segmento de serviços domésticos teve expansão de 14% (mais 17 mil oportunidades).
(Tribuna da Bahia)
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