quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Monografia resgata fatos dos 50 anos de história da extinta Rádio Bahiana de Jequié AM

                    

O trabalho de conclusão do bacharelado em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia-Uesb (junho de 2011),  elaborado pelo jornalista jequieense Judson Pereira de Almeida, a partir de entrevistas e o  relato de várias pessoas, reúne um rico e importante documento histórico sobre os 50 anos de atividades da extinta Rádio Bahiana de Jequié – ZYH 742, sucedida por uma nova concessão, funcionando na atualidade com a denominação fantasia de Rádio  Povo AM. O trabalho que poderá ser transformado em livro, discorre sobre aspectos pitorescos da emissora no contexto da radiodifusão baiana, na condição de uma das empresas pioneiras em Amplitude Modulada-AM, do interior do estado, com data de fundação em 21 de setembro de 1986. “A Rádio Bahiana de Jequié foi o principal veículo de comunicação usado pela população da região para a obtenção de informações regionais durante a segunda metade do Século XX”, enfatiza. Em 2006, a emissora encerrou um ciclo histórico na área de comunicação em Jequié e na Bahia.

Jornalista Judson Almeida narra a história da Bahiana de Jequié com riqueza de detalhes
Relata Judson Almeida em seu trabalho: “(…) como pioneira  na comunicação eletrônica  na microrregião de Jequié, a Rádio Bahiana produziu radioteatro, fez transmissões externas, programas de auditório, musicais, jornalísticos e de serviço (… ) numa época de estradas ruins, em que não existia a internet e telefone era coisa raríssima (referindo-se  A Hora do Fazendeiro), o programa foi de grande utilidade e audiência (…)durante algum tempo a rádio transmitiu eventos políticos e comícios, o que no início dos anos 1960, não era proibido pela Justiça Eleitoral (…) Jornalismo e entretenimento eram levados ao ar, num período de poucos recursos técnicos e financeiros. Jornalistas e radialistas enfrentaram a censura imposta  aos meios de comunicação , a partir do Golpe de 1964 e que  se agravou em 1968 com a edição do Ato Institucional nº 5”. O jornalista entre os programas de maior audiência nos 50 anos da Rádio  Bahiana de Jequié, o Festival dos Brotos, transmitido ao vivo nas manhãs domingo do palco do também extinto Cinema Jequié; A Hora do Fazendeiro, O Repórter Esclarece, O Grande Jornal Falado, Plantão Informativo, a crônica social do professor Luiz Cotrim e o Músicas  Informações, com Geraldo Teixeira, dentre outros. Entre os profissionais que passaram pela emissora, são lembrados nomes do diretor Cid Teixeira, do técnico Virgílio Argolo e de comunicadores como Fernando Barreto, Ulisses Factum, Laerson Soares, Geraldo Teixeira, Ari Santana, Roque Oliveira, Mascarenhas Filho, Luiz Laymon Gonzaga, José Mariano, Gélia Ferreira, Evandro Lopes, Edísio Santana, J.Narciso, Inaldo Sardinha e muitos outros, distribuídos em várias gerações.

(Wilson Novaes)

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