sábado, 5 de novembro de 2011

Governo de SP libera o dobro de emendas para presidente da Assembleia



O presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Barros Munhoz (PSDB), conseguiu a liberação de pelo menos R$ 5,6 milhões em emendas no ano passado, valor que representa mais do que o dobro do teto estipulado para os parlamentares.
Cada deputado estadual tem direito a indicar R$ 2 milhões por ano em emendas. No total, o governo paulista pagou R$ 283 milhões em indicações de 2010 -R$ 23,6 milhões do ano passado só saíram do caixa neste ano.
No caso de Barros Munhoz, 34 das 47 emendas liberadas em seu nome saíram da Secretaria de Desenvolvimento Social. As outras 13 são da Secretaria de Saúde.
Os dados foram divulgados na noite de ontem pelo governo de São Paulo.

Procurado por meio de sua assessoria, Munhoz não foi localizado. Anteontem, questionado sobre o assunto na Assembleia, o tucano não quis comentar.
A divulgação dos autores das indicações foi feita após uma crise instalada no Legislativo paulista devido às afirmações do deputado Roque Barbiere (PTB), que acusou seus colegas de "venderem" suas emendas.
O Conselho de Ética da Assembleia decidiu encerrar as investigações sobre o suposto esquema. O caso é investigado em inquérito aberto pelo Ministério Público.
O PT tentou, sem sucesso, coletar assinaturas para a abertura de uma CPI.
À época, Munhoz chegou a desdenhar da instalação da comissão. "CPI, no Brasil, só vocês da imprensa acreditam, mais ninguém", disse. "É conversa mole, coisa para enganar." 

(Informações Google Notícias)

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